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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

SIMBOLISMO DO CORPO HUMANO



Explorarei as explicações existentes entre os órgãos; víceras ou as  diversas  partes  do  corpo  como  na  obra  de  MIRANDA  (2000),  “Território  do Sagrado”:


OS  PÉS:  Simbolicamente,   os  pés  representam  nosso  começo,  nosso primeiro estágio no campo do TER e nos levam às nossas raízes, à identificação e à identidade.

AS PERNAS:  A perna vai  representar  o símbolo  dos  vínculos  sociais  e exteriores. Do ponto de vista espiritual, elas são a imagem daquilo que permitirá ao Homem percorrer suas terras interiores, estabelecendo contatos de fertilidade com seu EU profundo.

OS  JOELHOS:   Representa  como  símbolo   o  engendrar (= dar origem)  humano,  eles deveriam ser objetos de atenção e carinho. Na tradição judeu-cristã os joelhos falam da procriação realizada, da criança benigna e bendita em cada ser humano e do coroamento do crescimento interior.

AS COXAS: As coxas evocam a adolescência e as passagens iniciáticas do amadurecimento que preparam para a experiência sexual, para a reprodução, para a entrada na idade adulta.

A PORTA DOS HOMENS
O  PLEXO  UROGENITAL:  Representa  as  primeiras  aberturas  e comunicações físicas permanentes entre o interior e o exterior do humano, entre o Ter e o Ser.

A MATRIZ ABDOMINAL
O ÚTERO: É a matriz do Ser por excelência; é o seio interior. É dar a luz a si mesmo.

O UMBIGO:  O umbigo  é o lugar de nosso primeiro  ferimento  formal,  de nosso primeiro corte, de nossa primeira cisão com a fonte da vida maternal.


OS RINS: Na simbologia bíblica, os rins estão associados à força e a seus contrários, o pânico e o medo. Nos rins se chega ao segundo estágio do SER como terra fértil para as sementes da Vida.

O  ESTÔMAGO:   O  amor,  ser  amado  e  deixa-se  amar,  representa   overdadeiro ágape. O estômago deveria ser receptáculo de bons alimentos e sentimentos.

O PÂNCREAS: O pâncreas está simbolicamente vinculado à realização ou à  transformação   da carne.  Na  tradição  Judeu-cristã,   a  carne   não  pode  ser identificada  com  o corpo,  nem  com  a  matéria.  Ele  é  o completo  psicofísico  do homem sua existência concreta e total.

O FÍGADO: É o órgão da honra, do peso, do pesar, da glória e da luz. Um dos lugares simbólicos de maior densidade do corpo humano.

A MATRIZ PEITORAL
O CORAÇÃO: Cheio de realeza, o coração é identificado como um rei, tanto na tradição Judeu-cristã, como no Taoísmo, ou no Sufismo, onde é vista como o trono de Deus no centro do homem.

OS PULMÕES: Na perspectiva bíblica os pulmões vêem. E quem não vê com  os  pulmões,  não  ouve,  nem  se  conhece,  nem  se  conhece  o  Espírito  da verdade.

A COLUNA VERTEBRAL: Arquetipicamente abalar a coluna significa abalar o edifício inteiro. Representam também as relações entre céu e a terra.

AS MÃOS: As mãos representam na tradição Judeu-Cristã o conhecimento e  o  poder.  A  mão  é  uma  síntese  exclusivamente  humana,  do  masculino  e  do feminino. Ela é passiva no que contém e ativa no que detém.
OS  OMBROS:  Os  ombros  são  considerados  simbolicamente  o  lugar  do fardo, do jugo, do peso, transformam-se no território do bem querer, da potência da realização, da emergência do escondido ou perdido.

AS CLAVÍCULAS: As clavículas são as chavinhas. Elas são as chaves da chamada porta dos deuses, a passagem do pescoço na simbologia do corpo humano.

A PORTA DOS DEUSES

O PESCOÇO:  Simboliza  no sentido  descendente  a passagem  da vida  à ação, a comunicação da alma com o corpo, a via pela qual se manifesta e passa a vida.

A COROA
A CABEÇA: O rosto humano retoma nesse plano superior tudo o que os planos inferiores revelaram.

OS OUVIDOS:  Simbolicamente  estão associados à capacidade de escuta mística, interior, vibracional ou à abertura da pessoa à inteligência cósmica, à capacidade de situar-se no espaço e no universo.

A BOCA: Por ser o órgão da palavra (Logus, Verbum) e do sopro (ruach, spiritus), a boca é um símbolo feminino do poder criador, criativo, a manifestação dos graus mais elevados da consciência.

OS  DENTES:  O  dente  evoca  as  leis  e  os  instrumentos  pelos  quais  a pessoa,  trabalhando  sobre si mesma,  vai tornar-se  cada vez mais, uma pedra  trabalhada  e  não  bruta,  apta  a  inserir-se  no  grande  edifício  humano  e cósmico.

A LÍNGUA E A SALIVA: Como órgão do paladar e do gosto, a língua é o símbolo do discernimento. A saliva fala de nosso desejo de alimentação espiritual.

O  NARIZ:  Simbolicamente,   representa  um  tipo  de  discernimento   mais intuitivo do que a razão.
OS OLHOS: Os olhos são a grande porta de entrada para a matriz cerebral, nossa instância mais próxima da Emanação.

O CRÂNIO: O crânio coroa e representa a Pessoa, única e irrepetível, ícone divino, criado ao som do Verbo e na ressonância do seu Nome.

Entremeado  pelos  mecanismos  biológicos,  o corpo  mantém uma  estreita relação com a psique. Esta se afirma em uma unidade indissociável que revela o Ser que é. Verificamos e confirmamos a matéria como o corpo se apresenta, bem como sua dimensão de comunicar que antecede e transcende a comunicação verbal. Esse potencial  e  revelador  de  uma  fala  se  fez  representar  pela  dimensão  sagrada  e simbólica   do  corpo   e  seus   aspectos   físico,   psicológico   e  divino   dentro   da compreensão   da  Cabala  e  da  filosofia  judaico-cristã.  Esboçamos a compreensão do conjunto de representações que o corpo pode assumir, a dimensão simbólica. A dimensão simbólica produz uma ação no real, suscita um sentido ao ser que somos. Assim, é importante  que se compreenda  ao  lidar  com  uma pessoa,  que  o  olhar,  a  escuta,  e  o  acolhimento não seja composta de uma infinidade de fragmentos do corpo, isolados de uma representação,  de um sentido. É preciso oportunizar à pessoa não se identificar apenas com o seu corpo, seu psiquismo, mas de descobrir esta outra dimensão do seu ser, a dimensão sagrada. É reencontrar-se na unidade.

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