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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A realeza de Maria é serviço a Deus e à humanidade


Bento XVI dedicou a catequese da Audiência Geral de hoje para o tema da realeza de Maria. Justo hoje, na oitava da festa da Assunção, a Igreja celebra a memória litúrgica da Beata Virgem Maria Rainha.

Embora tenha origens antigas, - lembrou o Pontífice no começo da sua catequese – é uma festa de instituição recente. Foi criada em 1954 por Pio XII na conclusão do Ano Mariano. Embora o Papa Pacelli tenha fixado a data da memória no dia 31 de maio, depois da reforma pós-conciliar do calendário litúrgico, foi colocada depois de oito dias da festa da solenidade da Assunção, “para enfatizar a estreita ligação entre a realeza de Maria e a sua glorificação em alma e corpo junto ao seu Filho”. Para o Papa, a origem da memória de hoje está no fato de que a Mãe do Redentor “é Rainha porque associada de modo único com o seu Filho, seja no caminho terreno, seja na glória do Céu”. “Tudo na Virgem está relacionado a Cristo e tudo depende dele: por causa dele Deus Pai, desde toda a eternidade, a escolheu Mãe toda santa e a adornou de dons do Espírito, não concedidos a mais ninguém”, disse o Santo Padre citando a Exortação apostolica Marialis Cultus (n. 25) do Papa Paulo VI (1974).

Bento XVI deixou claro que a realeza de Maria e do seu Filho não deve ser entendida em termos terrenos. Maria é Rainha - disse o Papa - porque “participa da responsabilidade de Deus pelo mundo e do amor de Deus pelo mundo". A sua realeza está portanto profundamente ligada com a de Cristo, “cheia de humildade, de serviço e de amor”.

"A realeza de Jesus não tem nada a ver com a dos poderosos da terra”, disse o Pontífice, que lembrou que Cristo é “um rei que serve os seus servos”. E isso também se aplica a Maria, que é "Rainha no serviço a Deus e à humanidade; é Rainha do amor, que vive o dom de si a Deus para entrar no desenho de salvação do homem”.

Nossa Senhora é portanto Rainha porque Serva obediente do Senhor. Para o Papa Bento XVI, emblema da realeza de Maria é a resposta que deu ao anjo no momento da Anunciação: "Eis aqui a Serva do Senhor" (Lc 1, 38).

E no entanto, como Maria exerce esta sua realeza de serviço e amor? "Cuidando-nos, seus filhos - respondeu Bento XVI – que se dirigiu a Ela na oração, para agradecê-la ou para pedir a sua materna proteção e a sua celestial ajuda”. Na serenidade ou na escuridão da existência, nós nos dirigimos a Maria – explicou o Papa – confiando-nos à sua contínua intercessão, para que nos possa obter do Filho toda graça e misericórdia necessárias para a nossa peregrinação ao longo das estradas do mundo."

Bento XVI também lembrou outro aspecto da realeza de Maria. Maria é uma Rainha celestial, disse o Papa, e por meio dela nós nos dirigimos ao seu Filho, “àquele que rege o mundo e tem nas mãos os destinos”. De fato, ao longo dos séculos - disse o Papa - Maria "foi invocada como Rainha dos Céus", "como a nossa mãe ao lado do seu Filho Jesus na glória do Céu".

Por este motivo, a devoção a Nossa Senhora é um elemento "importante" da vida espiritual dos cristãos, continuou o Santo Padre, pedindo aos fiéis para não esquecerem de dirigir-se com confiança àquela, que “não faltará de interceder por nós junto ao seu Filho”, e a aprender “de Maria a viver”. "Maria - concluiu Bento XVI - é a Rainha do céu que está próxima de Deus, mas é também a mãe que está perto de cada um de nós, que nos ama e ouve a nossa voz"

[Tradução Thácio Siqueira]

domingo, 19 de agosto de 2012

Palavras de Bento XVI ao começar a oração do Ângelus





Queridos irmãos e irmãs!

O Evangelho deste domingo (cf. Jo 6, 51-58) é a parte final e principal do discurso feito por Jesus na sinagoga de Cafarnaum, depois de no dia anterior ter alimentado milhares de pessoas com apenas cinco pães e dois peixes. Jesus revela o significado deste milagre, ou seja, que o tempo das promessas foi cumprido: Deus Pai, que com o maná tinha alimentado os israelitas no deserto, agora o enviou, o Filho, como verdadeiro Pão de vida, e este pão é a sua carne, a sua vida, oferecida em sacrifício por nós. Trata-se, portanto, de acolhê-lo com fé, não escandalizando-se da sua humanidade; e trata-se de "comer a sua carne e beber o seu sangue" (cf. Jo 6, 54), para ter em si mesmos a plenitude da vida. É evidente que este discurso não teve a intenção de atrair consensos. Jesus sabe disso e o pronuncia intencionalmente; e de fato aquele foi um momento crítico, uma reviravolta na sua missão pública. As pessoas, e os mesmos discípulos, estavam entusiasmados por Ele quando cumpria sinais prodigiosos; e também a multiplicação dos pães e foi uma clara revelação de que Ele era o Messias, tanto que, logo após, a multidão quis elevar Jesus e fazê-lo rei de Israel. Mas essa não era a vontade de Jesus, que justamente com aquele longo discurso freia os entusiasmos e provoca muitas discordâncias. Ele, de fato, explicando a imagem do pão, diz ter sido enviado a oferecer a sua própria vida, e quem quiser segui-lo deve unir-se a Ele de modo pessoal e profundo, participando do seu sacrifício de amor. É por isso que Jesus vai instituir o Sacramento da Eucaristia: para que os seus discípulos possam ter em si mesmos a sua caridade - isto é crucial - e, como um único corpo unido a ele, estender no mundo o seu mistério de salvação.

Ouvindo este discurso a multidão entendeu que Jesus não era um Messias como eles queriam, que aspirasse a um trono terreno. Ele não buscava aprovação para conquistar Jerusalém; na verdade, queria ir a Cidade Santa para compartilhar a sorte dos profetas: dar a vida por Deus e pelo povo. Aqueles pães, partidos para milhares de pessoas, não queriam provocar uma marcha triunfal, mas antecipar o anúncio do sacrifício da Cruz, no qual Jesus se torna Pão, corpo e sangue oferecidos em expiação. Jesus, então, deu aquele discurso para desiludir as multidões e, acima de tudo, para provocar uma decisão em seus discípulos. De fato, muitos destes, desde então, não o seguiram mais.

Queridos amigos, nos deixemos também surpreender pelas palavras de Cristo: Ele, grão de trigo lançado nos sulcos da história, é a primícia da humanidade nova, livre da corrupção do pecado e da morte. E voltemos a descobrir a beleza do Sacramento da Eucaristia, que expressa toda a humildade e a santidade de Deus: o seu fazer-se pequeno, Deus se faz pequeno, fragmento do universo para reconciliar todos no seu amor. Que a Virgem Maria, que deu ao mundo o Pão da vida, nos ensine a viver sempre em união profunda com Ele.

Trad.TS

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