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sábado, 26 de janeiro de 2013

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O pecado, padre Vieira e o direito canônico



Uma fotografia formidável do pecado

Nalgumas comunidades eclesiais, evita-se falar em pecado. Vamos cuidar das coisas boas, dizem certas pessoas. Há, até, quem afirme que o pecado não existe; é obsessão de gente moralista! Por que tal postura? Afinal de contas, hoje em dia, o pecado está tão presente e atuante no mundo. Se não, vejamos. Atentemo-nos para as guerras intestinas em vários países. Observemos os inúmeros assassínios e chacinas que ocorrem dia a dia na nossa cidade, no nosso país; as falcatruas, os roubos e prevaricações libidinosas e administrativas; os crimes de trânsito impunes; a pedofilia; o sexo como mercadoria; o aborto institucionalizado... Meu Deus! Difícil afirmar que não se perpetram pecados hodiernamente. Há-os tantos!

Em geral, esquecemo-nos de um tipo de pecado: o pecado de omissão. Quando questionados, respondemos: eu não cometo pecado nenhum, pois não faço mal a ninguém! Todavia, é pecado deixar de praticar boas obras; esquivar-se do dever de socorrer o próximo, sobretudo o pobre. Jesus no-lo confirma esta doutrina no evangelho do juízo final: “estive com fome, com sede, faminto, e não me socorreste” (Mt 25, 31-46).

Ninguém soube descrever melhor a feiúra do pecado que o “imperador da língua portuguesa”, pe. Antônio Vieira, SJ. Transcrevo a seguir um excerto do Sermão da Publicação do Jubileu, pregado em 1654. Ouçamos o grande jesuíta:“Sabeis vós (...) por que não tendes ao pecado o horror e aborrecimento que o menor deles merece? É porque não conheceis a sua fealdade. Representá-la como verdadeiramente é não é possível (...).

Considerai-me uma cara (que não mereça nome de rosto, nem ainda de monstro) deformissimamente macilenta, seca e escaveirada, a cor verde-negra e funesta, as queixadas sumidas, a testa enrugada, os olhos sem pestanas nem sobrancelhas e, em lugar das meninas, duas grossas belidas; calva, remelosa, desnarigada: a boca torta, os beiços azuis, os dentes enfrestados, amarelos e podres, a garganta carcomida de alparcas, em lugar de barba um lobinho que lhe chega até os peitos, e no meio dele um cancro fervendo em bichos, manando podridão e matéria, não só asqueroso e medonho à vista, mas horrendo, pestilento e insuportável ao cheiro. Cuidais que disse alguma coisa? Do que verdadeiramente é [o pecado], nem sobras (...).” 

O pecado tem de ser debelado, destruído. No lugar dele, há de vicejar a caridade, verdadeira antítese do mal. Aí, sim, surgirão coisas boas de que tratar. É oportuno termos em mente uma fotografia formidável do pecado, como a tirada por Vieira. Contudo, jamais percamos de vista o princípio de que o pecado tem de ser realmente odiado; já o pecador será sempre amado e respeitado. 

O modo ordinário de se conseguir a absolvição do pecado é o sacramento da penitência, consoante prescreve o cânon 960. De fato, Jesus, sumamente misericordioso, instituiu o mencionado sacramento, ofertando-nos a oportunidade de lograrmos a absolvição até mesmo com uma contrição imperfeita ou atrição, isto é, quando nos arrependemos precipuamente pelo temor das consequências nefastas da ofensa a Deus. Segundo o estatuído no cânon 989, todo fiel deve confessar os pecados graves, ao menos uma vez por ano.

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