A uma só voz, cristãos e muçulmanos egípcios pedem a renúncia do Presidente Mubarak. Os fiéis das duas religiões têm protestado e rezado juntos, na Praça Tahrir, no Cairo.
Os cristãos representam de 6 a 10% da população egípcia. A maioria é formada por coptas ortodoxos, cujo patriarca – Papa Shenouda III – pediu aos fiéis que não participassem das manifestações.
"A Igreja Copta esteve submetida ao regime durante 30 anos. O regime não mudou. Ele usa a tática da cenoura. Se as pessoas forem para as ruas, o regime vai lhes causar problemas, fechando as igrejas e impedindo as pessoas de fazerem qualquer coisa" – disse o presidente da Associação de Coptas norte-americanos, Michael Mounir.
Um imame ressalta o clima de fraternidade que se vive na Praça de Libertação, sublinhando a coesão e a colaboração existentes entre os fiéis cristãos e muçulmanos. "Vi coisas fabulosas. Quero dizer ao Presidente Mubarak que a única coisa boa que ele fez, foi conseguir mostrar que o povo egípcio está unido numa só voz" _ disse o religioso islâmico.
Neste domingo, cristãos e muçulmanos recordaram os mártires destes 13 dias de protestos.
Em janeiro, um ataque a uma igreja copta em Alexandria, deixou um saldo de 21 mortos e numerosos feridos, desencadeando protestos entre a população cristã.
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