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sábado, 10 de março de 2012

Reflexão para o III Domingo da Quaresma


A primeira leitura nos fala da preservação da vida, que se dá através do cumprimento da Lei de Deus. Mas a grande novidade do Decálogo foi o modo como os mandamentos foram apresentados. Nos outros povos, a lei era dada de forma impessoal. Em Israel Deus se apresenta próximo e diz ‘TU”. Por outro lado, os mandamentos não devem se encarados como proibições, mas como indicações para o caminho certo para a vida.

Se prestarmos atenção, perceberemos que todo o eixo da lei de Deus está em “não matar”. O verdadeiro crente é aquele que defende e promove a vida. Sabemos também que o Decálogo não esgota a Lei de Deus, mas somente o Amor é a plenitude da Lei. São Paulo disse que “Quem ama o irmão cumpriu toda a Lei”.

No Evangelho o doce e manso Jesus, estarrecido, se transformou e se tornou um homem impetuoso, intrépido e bravo, usando cordas como chicote, expulsando do Templo os vendedores de ovelhas, pombas, bois e os que faziam o câmbio.

O Senhor disse, naquele momento, que não concordava com um culto onde se mesclava religião e interesses econômicos. Ele abole não apenas os sacrifícios do Templo, mas o próprio Templo.

Em seguida, Jesus falou do novo Templo e do novo culto. Se antes as pessoas iam ao Templo de Jerusalém para celebrar a Páscoa, agora elas a celebrarão através de seu corpo morto e ressuscitado, que é, ao mesmo tempo, Templo, altar, vítima e sacerdote.

Os sacrifícios que agradam a Deus são as obras de amor, de caridade, como vimos no comentário da primeira leitura. O incenso que agrada a Deus é o perdão, o socorro ao pobre, a visita ao doente e ao prisioneiro, a vida fraterna. Esses atos são a complementação do Decálogo, da Lei.

Finalmente, na Carta aos Coríntios, São Paulo nos fala de dois grupos de crentes: aqueles que baseiam sua fé nos milagres, curas, ações fantásticas; o outro grupo, ao contrário, é mais racionalista, mais ponderado, fruto de uma religião sapiencial. Mas qual seria o posicionamento cristão? Uma religião que prioriza curas ou uma religião que destaca a sabedoria. Nem uma coisa e nem outra. O posicionamento cristão é, como diz o próprio nome, seguir Jesus Cristo, imitá-lo em seu relacionamento com o Pai e com os irmãos: Jesus foi total doação através da cruz. Ora, Jesus foge do comum, do humano, de naturalmente pensar em si e em sua própria realização. Ele pensa no Pai, ele pensa no outro, pensa em nós. Pensar no outro significa sacrificar-se pelo outro, esvaziar-se, entregar-se por amor, e isso só se consegue com a graça de Deus.

Queridos irmãos, a liturgia de hoje nos propõe uma limpeza em nossos atos religiosos. Eles devem estar purificados de qualquer interesse, a não ser o de amar e de amar até morrer. Morrer de amor!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Nota da CNBB pelo Dia Internacional da Mulher

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Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília-DF, de 7 a 9 de março, saudamos todas as mulheres pela celebração do Dia Internacional da Mulher. Alegra-nos perceber que, cada dia mais, cresce a consciência da dignidade da mulher e de sua específica contribuição na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária.

Esta data histórica nos convida, antes de tudo, a agradecer às mulheres por sua vocação e missão na Igreja e no mundo.

Servimo-nos, assim, da Carta às Mulheres, do Beato João Paulo II, para dizer nosso obrigado à mulher-mãe, que se faz ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única e que se torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz; à mulher-esposa, que une o seu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida; à mulher-filha e mulher-irmã, que levam ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da sua sensibilidade, intuição, generosidade e constância; à mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da vida social, econômica, cultural, artística, política, pela contribuição indispensável que dá à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e sentimento, à edificação de estruturas econômicas e políticas mais ricas de humanidade; à mulher-consagrada, que se abre com docilidade e fidelidade ao amor de Deus; à mulher, pelo simples fato de ser mulher que, com a percepção que é própria da sua feminilidade, enriquece a compreensão do mundo e contribui para a verdade plena das relações humanas (cf. Carta às Mulheres. João Paulo II, 1995).

Nosso agradecimento se estende também às mulheres cuja presença e atuação marcam fortemente a vida da nossa Igreja. Sua vocação evangelizadora, vivida no exercício dos vários ministérios, é fundamental à Igreja no desempenho de sua missão de tornar presente entre nós o Reino de Deus.

O Dia Internacional da Mulher nos conclama, ainda, a aplaudir as mulheres por suas conquistas ao longo de uma história marcada pela discriminação e pelo preconceito. É cada vez mais forte sua presença na família, no mundo do trabalho, na ciência, na educação, na política, na Igreja e na sociedade. Somos testemunhas do papel decisivo da mulher no processo da redemocratização do País. Não sem razão, comemoramos em 2012 os 80 anos do voto feminino, uma conquista histórica.

Apesar dos grandes avanços obtidos pelas mulheres, o Dia 8 de março continua a ser uma data para recordar e denunciar as inúmeras situações de violação de seus direitos e de sua dignidade. Milhares delas são vitimas da discriminação, do desrespeito étnico-cultural, do tráfico para exploração sexual e laboral e de inúmeras outras formas de violência. Para muitas, o lar, lugar sagrado de proteção, converteu-se em espaço de dor e sofrimento. A Lei Maria da Penha é outra vitória das mulheres, que vem combater esta violência doméstica de que são vítimas.

Neste contexto, a CNBB reafirma o apelo do Documento de Aparecida: “É urgente escutar o clamor, muitas vezes silenciado, de mulheres que são submetidas a muitas maneiras de exclusão e violências em todas as suas formas e em todas as etapas de suas vidas” (Documento de Aparecida n. 454).

Que Maria, modelo de mulher, seja sempre inspiração para todas as mulheres na vivência de sua vocação ao amor e ao cuidado da vida, em todas as suas dimensões, lutando por uma sociedade igualitária, de fraternidade e de paz.

Brasília – DF, 8 de março de 2012


Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

PARABÉNS!!!

Ajude a essa mulher a encontrar sua família


Essa mulher precisa da sua ajuda para encontrar os seus familiares, ela foi encontrada pela polícia e entregue aos cuidados das irmãs no Lar da Criança Pobre de Mossoró. Não sabemos nada ao certo sobre ela, pois, ela não sabe dizer nada sobre sua família com clareza. disse se chamar Maria Lucineide Ferreira de Sousa seu pai Gervazio Ferreira de Sousa sua mãe Raimunda de Melo tem duas tias por nome de Mecês e Da Paz no início falava muito em fortaleza agora fala no Pará.

Já tem uns dois anos que ela estar no Lar e todos os dias chora perguntando pela família, nós cristãs temos o dever de ajudar a qualquer irmão que necessite da nossa ajuda.
Lembre da pergunta de Jesus: Onde está o teu irmão, eu estou sofrendo nele...

Repasse para os seus amigos mais antes de enviar reze uma Ave Maria pedindo que Nossa Senhora passe na frente nunca se ouviu dizer que um pedido pela intercessão de Nossa Senhora não tenha sido atendido.

Características: altura aproximada entre 1,55 a 1,60

Cor dos cabelos: castanhos claros

Idade: entre 35 e 40 anos

Olhos: castanhos claros

Cor da pele: parda

quarta-feira, 7 de março de 2012

Santa Sé pede atenção especial às mulheres das áreas rurais e migrantes



Libertar as mulheres rurais da situação de perene opressão, principalmente nos países mais pobres do mundo. Este é o desafio que emergiu da 56ª Sessão da Comissão sobre o Status das Mulheres (CSW), em andamento em Nova Iorque, onde interveio o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Arcebispo Francis Chullikatt.

O pronunciamento do Arcebispo Francis Chullikat foi dedicado às mulheres que trabalham em condições deploráveis, sobretudo na zona rural, e às trabalhadoras migrantes – mulheres discriminadas, sem acesso aos tratamentos médicos de base, à margem das ações políticas.

A finalidade dessa Sessão foi debater como é possível melhorar a vida dessas pessoas, para que sejam capazes prover a suas famílias e oferecer sua importante contribuição à sociedade.

A Santa Sé, afirma o prelado, continua a manter o compromisso de proteger os mais fracos e pobres, em vista do bem comum. Está atenta ao papel central da família, fulcro do desenvolvimento integral. Nesse âmbito, homens e mulheres são chamados a cooperar para superar preconceitos e aplicar políticas que respeitem a dignidade da pessoa.

A próxima Conferência das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável, que se realizará no Rio de Janeiro em junho próximo, prossegue o Arcebispo, oferecerá mais uma oportunidade para reforçar a atenção sobre as pessoas que vivem na zona rural, mulheres e moças, e aumentar seu empenho nos processos de ação política para a construção de sociedades sustentáveis.

terça-feira, 6 de março de 2012

Papa: 'Jesus é a luz que jamais se apaga'


Papa- Angelus

“O mistério da transfiguração não deve ser separado do contexto do caminho que Jesus está percorrendo”.


O papa Bento XVI explicou às centenas de fiéis, sobretudo jovens, o episódio da transfiguração de Cristo, ontem (4), durante a oração mariana do Angelus, na praça São Pedro, no Vaticano.


A transfiguração de Cristo é comprovada de maneira concorde pelos Evangelistas Mateus, Marcos e Lucas.


Os elementos essenciais são dois: antes de tudo, Jesus sobe com os discípulos Pedro, Tiago e João numa alta montanha e ali foi transfigurado diante deles, o seu rosto e suas vestes tornam-se resplandecentes, enquanto do seu lado aparecem Moises e Elias; em segundo lugar, uma nuvem cobre a montanha e dela sai uma voz que dizia: "Este é meu Filho amado, ouvi-o!”.


“Ele se dirigiu decididamente rumo à realização da sua missão, bem sabendo que, para alcançar a ressurreição, deveria passar através da paixão e da morte na cruz. Disso falou abertamente aos discípulos, os quais, porém, não entenderam, ou melhor, rejeitaram esta perspectiva", afirmou o Pontífice.


Por isso, Jesus levou consigo três deles para a montanha e revelou a sua glória divina. Jesus queria que esta luz iluminasse seus corações no momento de atravessar a escuridão da sua paixão e morte, quando o escândalo da cruz fosse para eles insuportável.


Deus é luz, e Jesus quis doar aos seus amigos mais íntimos a experiência desta luz que habita Nele. Assim, depois deste acontecimento, Ele se transformou neles luz interior, capaz de protegê-los dos ataques das trevas. Também na noite mais escura, Jesus é a luz que jamais se apaga.


Bento XVI terminou sua reflexão pedindo à Virgem Maria que nos ajude a viver esta experiência no tempo da Quaresma, encontrando todos os dias alguns momentos para a oração silenciosa e para a escuta da Palavra de Deus.

'O caminho da vitória e da glória é a cruz'


Cruz - Santuário Nacional

No contexto da espiritualidade da quaresma, o bispo de São José do Rio Preto (SP), Dom Paulo Mendes Peixoto fez uma reflexão sobre a nossa caminhada de vida, sofrimentos e vitórias.

De acordo com o bispo, a vida, no início depende de cuidados, de atenção e proteção, tudo dentro de um processo de amadurecimento.

 “A caminhada pode ser longa, como também curta. Ela tem em vista uma chegada vitoriosa, fruto das dificuldades e cruzes enfrentadas com objetividade e muita coragem”, afirmou.

Na visão misteriosa de Jesus, o caminho da vitória e da glória é a cruz.

 Para Dom Paulo, isto é uma ideia incompatível com as realidades, já de seu tempo, como também com a cultura atual. Apesar dos sofrimentos, que atingem grande parte das pessoas, o que se aspira é o “gozo”, a felicidade e vida tranquila. Querem dizer que o sofrimento é desumano.

“Abraão foi convocado por Deus para sacrificar o seu único filho, Isaac. O patriarca foi experimentado em sua fé, como muitos outros em suas vidas. O importante é que a recompensa, para quem assume com maturidade, é certa. A vitória deve ser fruto de determinação e critério no enfrentamento”, afirmou.

A fé em Deus nos iguala, seja na morte, que veio por Adão, ou na vida, que vem de Cristo. Encaremos um caminho de sofrimentos e vitórias, de tristezas e alegrias, mas tudo deve ser com objetivos consistentes e claros. Ter sempre a certeza de que Deus é por nós e nos acolhe em sua vida.

“Dentro da mística cristã, é fundamental saber quem é Jesus Cristo. Ele é aquele que diz: “Quem quiser seguir-me, pegue sua cruz” (Mc 8, 34). O fracasso da cruz é caminho de vitória. É como o fato da transfiguração que revela a realidade da ressurreição. Este é o grande pensamento da quaresma”.

 Dom Paulo afirma que ser discípulo é anunciar a cruz e seguir o Mestre sem carreirismo e disputa pelo poder, como estava na mente de alguns dos apóstolos, e na mente de muita gente hoje.

“É ter a “veste branca" da justiça e de comprometimento com a vida. Os fracassos aparentes são transformados em vitória. Isto não é tão fácil para ser entendido na prática, a não ser escutando a Palavra de Deus”, finalizou.

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