“O mistério da transfiguração não deve ser separado do
contexto do caminho que Jesus está percorrendo”.
O papa Bento XVI explicou às centenas de fiéis, sobretudo
jovens, o episódio da transfiguração de Cristo, ontem (4), durante a oração
mariana do Angelus, na praça São Pedro, no Vaticano.
A transfiguração de Cristo é comprovada de maneira concorde
pelos Evangelistas Mateus, Marcos e Lucas.
Os elementos essenciais são dois: antes de tudo, Jesus sobe
com os discípulos Pedro, Tiago e João numa alta montanha e ali foi
transfigurado diante deles, o seu rosto e suas vestes tornam-se
resplandecentes, enquanto do seu lado aparecem Moises e Elias; em segundo
lugar, uma nuvem cobre a montanha e dela sai uma voz que dizia: "Este é
meu Filho amado, ouvi-o!”.
“Ele se dirigiu decididamente rumo à realização da sua
missão, bem sabendo que, para alcançar a ressurreição, deveria passar através
da paixão e da morte na cruz. Disso falou abertamente aos discípulos, os quais,
porém, não entenderam, ou melhor, rejeitaram esta perspectiva", afirmou o
Pontífice.
Por isso, Jesus levou consigo três deles para a montanha e
revelou a sua glória divina. Jesus queria que esta luz iluminasse seus corações
no momento de atravessar a escuridão da sua paixão e morte, quando o escândalo
da cruz fosse para eles insuportável.
Deus é luz, e Jesus quis doar aos seus amigos mais íntimos a
experiência desta luz que habita Nele. Assim, depois deste acontecimento, Ele
se transformou neles luz interior, capaz de protegê-los dos ataques das trevas.
Também na noite mais escura, Jesus é a luz que jamais se apaga.
Bento XVI terminou sua reflexão pedindo à Virgem Maria que
nos ajude a viver esta experiência no tempo da Quaresma, encontrando todos os
dias alguns momentos para a oração silenciosa e para a escuta da Palavra de
Deus.
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