Sugestões

terça-feira, 20 de abril de 2010

POR QUE SER PADRE?

Escândalos na Igreja


O Pe. Roger J. Landry foi ordenado sacerdote em 1999 na diocese de Fall River pelo bispo Sean OMalley, OFM Cap.. Depois de obter a licenciatura de biologia pela Universidade de Harvard, o Pe. Landry fez seus estudos para o sacerdócio em Maryland, Toronto e, durante vários anos em Roma. Depois de sua ordenação sacerdotal, o Bispo OMalley o enviou de regresso para Roma para concluir seus estudos de graduação em teologia moral e bioética. Atualmente é vigário paroquial na Paróquia do Espírito Santo em Fall River e capelão na escola secundária Bishop Connoly.
Qual deve ser a nossa resposta aos terríveis escândalos na Igreja?
Muitas pessoas vieram-me falar deste assunto. Muitas outras também gostariam, mas evitaram, creio que por respeito e para não chamar a atenção para um fato desagradável. Mas para mim era óbvio que tinham isso presente. Por isso, hoje, quero enfrentar este assunto de frente. Vocês têm direito. Não podemos fingir como se não houvesse acontecido. E eu quero debater qual deve ser a nossa resposta como fiéis católicos a este terrível escândalo.
Primeiramente, é preciso entender o acontecimento à luz da nossa fé no Senhor. Antes de escolher seus primeiros discípulos, Jesus subiu a montanha para orar durante toda a noite. Nesse tempo tinha muitos seguidores. Falou com seu Pai na oração sobre quais escolheria para que fossem seus doze apóstolos, os doze que Ele formaria intimamente, os doze que enviaria a pregar a Boa Nova em Seu nome. Deu-lhes poder de expulsar os demônios. Deu-lhes poder para curar os doentes. Eles viram como Jesus operou muitos milagres. Eles mesmos fizeram, em Seu nome, numerosos milagres.
Mas, apesar de tudo, um deles foi um traidor. O traidor tinha seguido o Senhor, tivera os pés lavados pelo Senhor, O viu caminhar pelas águas, ressuscitar pessoas e perdoar os pecadores. O Evangelho diz que ele permitiu que satanás entrasse nele e logo vendeu o Senhor por 30 moedas, e entregou-o no Horto de Getsêmani, simulando um ato de amor, um beijo. “Judas!”, disse o Senhor no horto do Getsemani, “com um beijo entregas o Filho do Homem”. Jesus não o escolheu para que o traísse. Ele o escolheu para que fosse como os demais. Mas Judas foi sempre livre e usou sua liberdade para permitir que satanás entrasse nele e, por sua traição, terminou fazendo com que Jesus fosse crucificado e morto. Portanto, entre os primeiros doze que o próprio Jesus escolheu, um deles foi um terrível traidor. ÀS VEZES, OS ESCOLHIDOS DE DEUS TRAEM. Este é um fato que devemos assumir. É um fato que a Igreja primitiva assumiu. Se o escândalo de Judas tivesse sido a única coisa com que os membros da Igreja primitiva tivessem se preocupado, a Igreja teria acabado antes de começar. Em vez disso, a Igreja reconheceu que não se deve julgar algo (religioso) a partir daqueles que não o praticam, mas olhando para os que praticam.
Em vez de ficarem paralisados em torno daquele que traiu Jesus, concentraram-se nos outros onze. Graças ao trabalho, pregação, milagres e amor por Cristo desses homens, aqui estamos hoje. É graças aos onze – todos os quais, exceto São João, foram martirizados por Cristo e pelo Evangelho, pelo qual estiveram dispostos a dar suas vidas para proclamá-lo – que nós chegamos a escutar a palavra salvífica de Deus e recebemos os sacramentos da vida eterna.
Somos hoje confrontados pela mesma realidade. Podemos concentrarmo-nos naqueles que traíram o Senhor, naqueles que abusaram, em vez de amar a quem estavam chamados a servir. Ou podemos como a Igreja nascente, concentrarmo-nos nos demais, naqueles que permaneceram fiéis, nesses sacerdotes que continuam oferecendo suas vidas para servir a Cristo e para servir a todos por amor. Os meios de comunicação quase nunca prestam atenção aos “onze” bons, aqueles a quem Jesus escolheu e que permaneceram fiéis, que viveram uma vida de santidade silenciosa. Mas nós, a Igreja, devemos ver o terrível escândalo que estamos testemunhando a partir de uma perspectiva autêntica e completa.
O escândalo, infelizmente, não é algo novo para a Igreja. Houve muitas épocas em sua história em que esteve pior do que agora. A história da Igreja é como a definição matemática do cosseno, ou seja, uma curva oscilatória com movimento pendular, com altos e baixos ao longo dos séculos. Em cada uma dessas épocas em que a Igreja chegou ao ponto mais baixo, Deus suscitou grandes santos que levaram a Igreja de volta a sua verdadeira missão. Como se naqueles momentos de escuridão, a Luz de Cristo brilhasse mais intensamente. Eu gostaria de destacar um par de santos que Deus suscitou nesses tempos tão difíceis, porque sua sabedoria pode realmente nos guiar durante este tempo difícil.
São Francisco de Sales foi um santo que Deus fez surgir justamente depois da reforma protestante. A reforma protestante não brotou fundamentalmente por aspectos teológicos ou por problemas de fé – ainda que as diferenças teológicas apareceram depois – mas, por questões morais.
Houve um sacerdote agostiniano, Martinho Lutero, que foi a Roma durante o papado mais notório da história, o do Papa Alexandre VI. Este Papa jamais ensinou nada que fosse contra a fé – o Espírito Santo não permitiu – mas, foi simplesmente, um homem mau. Teve nove filhos de seis diferentes concubinas. Promoveu ações contra aqueles que considerava seus inimigos. Martinho Lutero visitou Roma durante seu papado e se perguntava como Deus podia permitir que um homem tão mau fosse a cabeça visível da Sua Igreja . Regressou a Alemanha e observou todo tipo de problemas morais. Os padres tinham, publicamente, casos com mulheres. Alguns tratavam de obter dinheiro vendendo bens espirituais. Grassava uma imoralidade terrível entre os leigos. Ele se escandalizou com esses abusos desenfreados, como teria ocorrido com qualquer que ame a Deus, reagiu precipitadamente e  com fúria, e fundou a sua própria igreja. Naqueles mesmos tempos, Deus suscitou muitos santos que combateram essa situação equivocada e trouxeram de volta as pessoas para a Igreja fundada por Cristo. São Francisco de Sales foi um deles. Colocando em risco a própria vida, entrou na Suíça, onde os calvinistas dominavam e eram muito populares, pregando o Evangelho com verdade e amor. Foi espancado várias vezes nas estradas e abandonado como morto. Um dia perguntaram-lhe qual era a sua posição em relação ao escândalo que causavam tantos dos seus irmãos sacerdotes. O que disse é tão importante para nós como o foi para os que o escutaram. Ele não ficou enrolando. “Aqueles que cometem esse tipo de escândalos são culpáveis do equivalente espiritual a um assassinato, destruindo com seu mau exemplo a fé das outras pessoas em Deus”. Mas, ao mesmo tempo advertiu aos seus ouvintes: “Mas eu estou aqui hoje entre vocês para evitar-lhes um mal ainda pior. Enquanto que aqueles que causam o escândalo são culpados de assassinato espiritual, os que acolhem o escândalo – aqueles que permitem que os escândalos destruam sua fé – são culpados de suicídio espiritual. São culpáveis de cortar pela raiz sua vida com Cristo, abandonando a fonte da vida nos Sacramentos, especialmente a Eucaristia.” São Francisco de Sales andou entre os suíços e os habitantes da Savóia tratando de prevenir que cometessem um suicídio espiritual por causa dos escândalos. E eu estou aqui hoje para pregar o mesmo para vocês.
Qual deve ser a nossa reação? Outro grande santo que viveu antes, em tempos particularmente difíceis, também pode nos ajudar. O grande São Francisco de Assis viveu ao redor do ano 1200, que foi uma época de imoralidade terrível na Itália central. Os padres davam exemplos espantosos. A imoralidade dos leigos era ainda pior. O próprio São Francisco, sendo jovem, tinha escandalizado outras pessoas com sua maneira despreocupada de viver. Converteu-se, fundou a ordem franciscana e ajudou a Deus a reconstruir a Sua Igreja e chegou a ser um dos maiores santos de todos os tempos.
Certa vez, um dos irmãos franciscanos lhe fez uma pergunta. Esse frei era muito suscetível aos escândalos. “Irmão Francisco, que farias se soubesses que o sacerdote que está celebrando a Missa tem três concubinas ao seu lado?” Francisco, sem duvidar um instante, respondeu bem devagar: “Quando chegar a hora da Santa Comunhão, iria receber o Sagrado Corpo do meu Senhor das mãos ungidas do sacerdote.”
Onde queria chegar Francisco? Queria deixar clara uma verdade formidável da fé e um dom extraordinário do Senhor. Não importa quão pecador seja um padre, sempre e quando tenha a a intenção de fazer o que faz a Igreja – na Missa, por exemplo, converter o pão e vinho na carne e sangue de Cristo, ou na confissão, não importa quão pecador seja, perdoar os pecados do penitente – o próprio Cristo atua nos sacramentos através desse ministro.
Seja o Papa João Paulo II que celebre a Missa, ou um sacerdote condenado a morte por um crime, em ambos os casos é o próprio Cristo quem atua e nos dá Seu Corpo e Seu Sangue. Dessa forma, o que Francisco estava dizendo, ao responder a pergunta do seu irmão religioso, que receberia o Sagrado Corpo do Seu Senhor das mãos ungidas do sacerdote, é que não ia permitir que a maldade ou imoralidade do padre o levasse a cometer suicídio espiritual.
Cristo pode continuar atuando, e de fato atua, inclusive através do mais pecador dos sacerdotes. E graças a Deus que assim o faz! Se sempre tivéssemos que depender da santidade pessoal do sacerdote, teríamos um grave problema. Os sacerdotes são escolhidos por Deus entre os homens e são tentados como qualquer ser humano e caem em pecado como qualquer ser humano. Mas Deus já sabia disso desde o princípio. Onze dos primeiros doze apóstolos se dispersaram quando Cristo foi preso, mas regressaram; um dos doze traiu o Senhor e infelizmente nunca regressou. Deus fez os sacramentos “à prova de sacerdote”, ou seja, independente da sua santidade pessoal. Não importa quão santos ou maus sejam, sempre que tenham a intenção de fazer o que a Igreja faz, o próprio Cristo atua, tal como atuou através de Judas quando Judas expulsou os demônios e curou os doentes.
Por isso, pergunto-vos novamente: Qual deve ser a resposta da Igreja a esses atos? Falaram muito a respeito na mídia. A Igreja precisa trabalhar melhor, assegurando que ninguém com inclinação para a pedofilia seja ordenado? Com certeza. Mas isto não seria suficiente. A Igreja deve atuar melhor ao tratar desses casos quando sejam notificados? A Igreja mudou a sua maneira de abordar esses casos e hoje a situação é muito melhor do que era nos anos oitenta, mas sempre pode ser aperfeiçoada. Mas ainda isso não seria suficiente. Temos que fazer mais para apoiar as vítimas desses abusos? Sim, temos que fazê-lo, por justiça e por amor! Mas tampouco isso é o adequado… A única resposta adequada a este terrível escândalo, a única resposta autenticamente católica a este escândalo – como São Francisco de Assis reconheceu em 1200, como São Francisco de Sales reconheceu em 1600 e incontáveis outros santos reconheceram em cada século – é a SANTIDADE! Toda crise que enfrenta a Igreja, toda crise que o mundo enfrenta, é uma crise de santidade” A santidade é crucial, porque é o rosto autêntico da Igreja.
Sempre há pessoas – um sacerdote encontra-se com elas regularmente e vocês devem conhecer várias delas também – que usam desculpas para justificar porque não praticam sua fé, porque lentamente estão cometendo suicídio espiritual. Pode ser porque uma freira se portou mal com eles quando tinham 9 anos. Porque não entendem os ensinamentos da Igreja sobre algum tema particular. Indubitavelmente haverá muitas pessoas atualmente – e vocês se encontram com elas – que dirão: “Para que praticar a fé, para que ir a Igreja, se a Igreja não pode ser verdadeira, quando os assim chamados escolhidos, são capazes de fazer esse tipo de coisa que estamos lendo?” Este escândalo é como um cabide enorme onde alguns procuram pendurar sua justificativa para não praticar a fé. Por isso é que a santidade é tão importante.
Essas pessoas necessitam encontrar em todos nós uma razão para ter fé, uma razão para ter esperança, uma razão para responder com amor ao amor do Senhor. As bem-aventuranças que lemos no Evangelho são uma receita para a santidade. Todos precisamos vivê-las melhor. Os padres precisam ser mais santos? Certamente. Precisam os frades e freiras serem mais santos e darem um melhor testemunho de Deus e do Céu? Sem a menor dúvida. Mas todas as pessoas na Igreja precisam fazer o mesmo, inclusive os leigos! Todos temos vocação para ser santos e esta crise é um chamado para que despertemos.
Estes são tempos duros para o sacerdote. São tempos duros para o católico. Mas também são tempos magníficos para ser um sacerdote e para ser um católico. Jesus disso nas bem-aventuranças: Bem-aventurados serão quando os injuriarem, vos perseguirem e disserem falsamente todo tipo de maldades contra vocês por minha causa. Alegrem-se e regozijem-se porque será grande a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram aos profetas antes de vocês. Eu experimentei essa bem-aventurança, da mesma forma que outros sacerdotes que conheço. No começo desta semana, quando terminei de fazer ginástica numa academia local, eu saía do vestiário com meu clergyman e uma mãe, mal me viu, afastou rapidamente seus filhos do caminho e os protegeu enquanto eu passava. Ficou me olhando quando passei e, quando já havia me afastado o suficiente, respirou aliviada e soltou os seus filhos. Como se eu fosse atacá-los no meio da tarde em plena academia! Mas enquanto todos nós talvez tenhamos que padecer tais insultos e falsidades por causa de Cristo, de fato, devemos regozijar-nos. É um tempo fantástico para ser cristão atualmente, porque é um tempo em que Deus realmente necessita de nós para mostrar Seu verdadeiro rosto. Em tempos passados nos EUA, a Igreja era respeitada. Os sacerdotes eram respeitados. A Igreja tinha reputação de santidade e bondade. Mas hoje já não é assim.
Um dos mais pregadores na história norte-americana, o bispo Fulton J. Sheen costumava dizer que preferia viver nos tempos em que a Igreja sofre em vez de florescer tranquilamente, nos tempos em que a Igreja tem que lutar, quando a Igreja tem que ir contra a cultura. São épocas para que os verdadeiros homens e mulheres dêem um passo à frente. “Até os cadáveres podem ir a favor da corrente”, costumava dizer o bispo, indicando que muitas pessoas dão testemunho quando a Igreja é respeitada, “mas são necessários verdadeiros homens e mulheres para nadar contra a corrente.”
Como isso é verdadeiro! É preciso ser um verdadeiro homem e uma verdadeira mulher para manter-se flutuando e nadar contra a corrente que se move em oposição à Igreja. É preciso ser um verdadeiro homem e uma verdadeira mulher para reconhecer que quando se nada contra a corrente das críticas, estamos mais seguros que quando apenas permanecemos grudados por inércia na rocha sobre a qual Cristo fundou sua Igreja. Estamos num desses tempos difíceis. É um dos grandes momentos para ser cristão.
Algumas pessoas prevêem que nesta região a Igreja passará por tempos difíceis e talvez seja assim, o mais a Igreja sobreviverá, por que o Senhor assegurou a sua sobrevivência. Uma das maiores réplicas na história aconteceu há justamente 200 anos. O imperador Napoleão engolia os países da Europa com seus exércitos, com a intenção final de dominar totalmente o mundo. Naquela ocasião disse uma vez ao cardeal Consalvi: “Vou destruir sua Igreja”. O cardeal respondeu: “Não, não poderá”. Napoleão, com seus 1,50 m de altura, disse outra vez: “Eu destruirei vossa Igreja.” O cardeal disse confiante: “Não, não poderá. Nem nós fomos capazes de fazê-lo!”.
Se os papas ruins, os sacerdotes infiéis e os milhares de pecadores na Igreja não tiveram êxito em destruí-la a partir de dentro – como dizia implicitamente ao general – como crê que poderá fazê-lo? O cardeal referia-se a uma verdade cruel. Mas Cristo nunca permitirá que sua Igreja fracasse. Ele prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam sobre a sua Igreja, que a barca de Pedro, a Igreja que navega no tempo rumo ao seu porto eterno no céu, nunca naufragará, não porque aqueles que vão nela não cometam todos os pecados possíveis para afundá-la, mas porque Cristo, que também está na barca, nunca permitirá que isso aconteça. Cristo continua na barca e ele nunca a abandonará.
A magnitude de este escândalo poderia ser tal que de agora em diante vocês tenham dificuldade em confiar nos sacerdotes tanto como o faziam no passado. Isto pode acontecer e talvez não seja tão ruim. Mas nunca percam a confiança no Senhor! É a sua Igreja! Mesmo quando alguns dos seus eleitos O tenham traído, ele chamará outros que serão fiéis, que servirão vocês com o amor com que vocês merecem ser servidos, tal como ocorreu depois da morte de Judas, quando os onze apóstolos ficaram de acordo e permitiram que o Senhor escolhesse alguém para tomar o lugar de Judas, e escolheram o homem que terminou sendo São Matias, que proclamou fielmente o Evangelho até ser martirizado.
Este é um tempo em que todos nós precisamos esforçarmo-nos ainda mais em ser santos! Estamos chamados a ser santos, e como necessitamos ver esse rosto bonito e radiante da Igreja! Vocês são parte da solução, uma parte crucial da solução. Quando caminhem para receberem o Sagrado Corpo do Senhor das mãos ungidas deste sacerdote, peçam a Ele que os encha de um real desejo de santidade, um real desejo de mostrar Seu autêntico rosto.
Uma das razões pelas quais estou aqui como sacerdote é porque sendo jovem, impressionaram-me negativamente alguns sacerdotes que conheci. Via-os celebrar a Missa e quase sem reverência deixavam cair o Corpo do Senhor na patena, como se tivessem nas mãos algo de pouco valor em vez do Criador e Salvador de todos, em vez do meu Criador e Salvados. Lembro ter dito ao Senhor, reiterando meu desejo de ser sacerdote: “Senhor, deixa-me ser sacerdote para que possa tratar-Te como Tu o mereces!”. Isso me deu um desejo ardente de servir o Senhor. Talvez este escândalo permita que vocês façam o mesmo. Este escândalo pode ser algo que os conduza pelo caminho do suicídio espiritual ou algo que os inspire a dizer, finalmente, “Quero ser santo, para que eu e a Igreja possamos glorificar Teu nome como Tu o mereces, para que outros possam encontrar-Te no amor e na salvação que eu Te encontrei”. Jesus está conosco, como prometeu, até o final dos tempos. Ele continua na barca.
Tal como a partir da traição de Judas, Ele alcançou a maior vitória na história do mundo, a nossa salvação por meio da sua Paixão, morte e Ressurreição, também através deste episódio Ele pode trazer, e quer trazer, um novo renascimento da santidade, para lançar uns novos Atos dos Apóstolos do século XXI, com cada um de nós – e isso inclui você – assumindo um papel de protagonista. Agora é o tempo para que os verdadeiros homens e mulheres da Igreja se ponham em pé. Agora é o tempo dos santos. Como você irá responder?

Após 33 anos, Brasil reconhece o assassinato do padre João Bosco Burnier como crime político


pejoaoboscoburnierO Estado brasileiro reconheceu ontem, 19, com 33 anos de atraso, que um sacerdote jesuíta assassinado em 1976 por um policial foi vítima de um crime político.
Trata-se do padre João Bosco Penido Burnier, baleado na nuca por um policial em outubro de 1976 quando defendia duas mulheres que eram torturadas em uma delegacia de Ribeirão Cascalheira (MT), em plena ditadura militar (1964-1985).
Padre Burnier estava na delegacia ao lado do hoje bispo emérito da cidade de São Félix do Araguaia (MT), o espanhol dom Pedro Casaldáliga, que escreveu um livro no qual trata o jesuíta como um mártir.
A ata na qual a Comissão Especial para os Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério da Justiça reconhece que Burnier foi uma das vítimas do regime militar foi publicada ontem no "Diário Oficial da União".
Segundo a Comissão, o sacerdote "morreu por causas não naturais em dependências policiais por ter participado ou ter sido acusado de participação em atividades políticas".
O policial que atirou no padre nunca foi processado porque o regime considerou o fato um acidente.
Segundo dom Casaldáliga, testemunha do homicídio, quando ambos chegaram à delegacia para defender as mulheres que eram torturadas, Burnier teve uma grande discussão com os policiais e ameaçou denunciá-los na Justiça antes de ser agredido, golpeado na cabeça com um revólver e assassinado com um tiro na nuca.
O bispo emérito relata em um de seus livros que, após a missa de sétimo dia pela morte do padre, a população de Ribeirão Cascalheira foi em procissão até a delegacia, arrombou as portas e as grades e libertou os presos.
No local, foi construída posteriormente uma igreja, apesar da oposição da Polícia.
Além do livro "Martírio do padre João Bosco Penido Burnier" de dom Casaldáliga, o também jesuíta padre Pedro Américo Maia escreveu a obra "Mártir pela justiça" também sobre a vida do jesuíta assassinado.
Hoje Burnier é nome de uma ONG em defesa dos direitos humanos e de escolas em Minas Gerais e Mato Grosso.
O sacerdote, nascido em 11 de junho de 1917 na cidade de Juiz de Fora, foi o quinto de nove irmãos, dois dos quais também se dedicaram à vida religiosa, entre eles Vicente Burnier, que foi o primeiro sacerdote surdo do Brasil.
O jesuíta, que se formou em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, onde foi ordenado padre em 1946, se destacou por sua atuação no país em defesa dos índios e foi um dos membros do Conselho Missionário Indigenista (Cimi), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Nos últimos anos de vida, Burnier trabalhou como missionário em Diamantino (MT), onde cuidava de membros das etnias Bakairi e Xavante, cujas línguas ele conhecia e falava.

MPF tem mais de 160 investigações sobre violações aos direitos indígenas


cimiimagemO Dia do Índio, comemorado ontem, 19, motivou o Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia a divulgar suas ações em defesa dos 54 povos que vivem no estado. O órgão relata que atualmente sua atuação nas questões indígenas resulta em mais 160 inquéritos civis públicos (investigações) que estão em andamento, além de ações civis públicas e recomendações expedidas a órgãos públicos para garantir direitos fundamentais, como saúde, educação, registro civil, preservação cultural, terras tradicionais, compensações ambientais, entre outros.
Na área de educação, uma das conquistas recentes dos povos indígenas de todo o estado foi a elaboração conjunta de uma minuta do projeto de lei para criação da carreira pública de professor indígena. A minuta foi entregue em 15 de março ao Governo do estado para ser enviada à Assembléia Legislativa como projeto de lei. O MPF foi um incentivador da elaboração da proposta e articulou povos indígenas, diversas instituições públicas e entidades da sociedade civil organizada. Se aprovado o futuro projeto de lei, o professor terá que ser indígena, aprovado em concurso público com provas de conteúdo específico. Construção de escolas indígenas, prestação de contas de convênios e de merenda escolar e formação de professores indígenas são outros assuntos acompanhados pelo MPF.

Cultura

A preservação da identidade cultural também tem acompanhamento pelo MPF. Um provimento do Tribunal de Justiça de Rondônia, em outubro do ano passado, atendeu ao pedido do MPF para garantir emissão de certidões de nascimento e óbito para indígenas em suas línguas tradicionais. Mas ainda há cartórios que se recusam a fazer o registro civil dos índios. Estes são casos em que o MPF atua para garantir o direito dos povos indígenas em preservar suas tradições e costumes, considerando que o nome é parte essencial da cultura de qualquer povo.
Segundo o MPF, o atendimento à saúde dos índios é um dos pontos críticos. Por isto há acompanhamentos específicos sobre prestação de atendimento pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), rede pública, vistoria em Casas de Saúde do Índio (Casai) e fornecimento de medicamentos.
Os inquéritos civis públicos em curso no MPF também tratam sobre demarcação de terras indígenas, revisão de limites, fiscalização por parte da Fundação Nacional do Índio (Funai), extração de madeira, mineração, caça e pesca predatória, entre outros. Além disto, houve coordenação de operações visando o combate à exploração ilegal de madeira em terras indígenas, em especial nas áreas Sete de Setembro e Igarapé Loudes.
As investigações são também sobre compensações ambientais de empreendimentos que afetam terras indígenas, como as hidrelétricas do Madeira. O conflito entre índios Cinta-Larga e garimpeiros e pesquisa mineral na terra indígena Roosevelt também são alvos de investigação.

Em campo

Os três procuradores que atuam na defesa dos povos indígenas de Rondônia – Reginaldo Trindade, Lucyana Pepe e Daniel Fontenele – fizeram centenas de encontros e reuniões desde o começo de 2009. Eles e suas equipes visitaram aldeias, reuniram-se com órgãos públicos de várias esferas e atuaram no atendimento aos indígenas que procuram a instituição para apresentarem suas demandas, tanto individualmente quanto de forma coletiva.

Ações judiciais

As ações civis públicas movidas pelo MPF em favor dos indígenas  abordam, entre outros assuntos, revisão de limites de áreas indígenas, assistência jurídica, reparação de danos ambientais e morais, compensação ambiental na área de impacto da BR-429.
Fonte: CNBB com CIMI

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Números dos 5 anos de pontificado de Bento XVI


bento-xvi-1O papa Bento XVI, que nesta segunda-feira, 19, completa 5 anos de pontificado, já realizou 14 viagens pelo mundo. Uma delas foi ao Brasil, em 2007. Até o momento, único país latino-americano que recebeu Joseph Ratzinger desde que ele se tornou papa.
A primeira viagem internacional de Bento XVI foi ao seu país de origem. Ele visitou a Alemanha em agosto de 2005 para presidir o 20º Dia Mundial da Juventude, em Colônia.
Menos de um ano depois, o pontífice viajou à Polônia, país de origem de seu antecessor, o então papa João Paulo II. Em julho do mesmo ano ele foi à Espanha. Ali ele presidiu em Valença o 5º Encontro Mundial da Família; e em setembro voltou à região alemã da Baviera, onde nasceu, visitando Munique, Ratisbona e as pequenas localidades de Altötting e Marktl am Inn.
Ainda em 2006, viajou à Turquia, passando por Ancara, Éfeso e Istambul, onde orou e meditou na Mesquita Azul da antiga Constantinopla.
Em maio de 2007, fez sua primeira viagem à América Latina, ao Brasil, onde visitou São Paulo, Aparecida e Guaratinguetá, e inaugurou a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano (Celam), no santuário de Aparecida.
Bento XVI foi à Áustria, em setembro do mesmo ano, onde passou por Viena e pelo santuário mariano de Mariazell. Em abril de 2008, voltou a atravessar o Atlântico, para visitar Washington e Nova Iorque e pronunciar um discurso na Organização das Nações Unidas (ONU). Três meses mais tarde, foi à Austrália, onde presidiu em Sidney o 23ª Dia Mundial da Juventude.
Em setembro de 2008, viajou para Paris, primeira etapa de sua visita à França, onde esteve também no santuário mariano de Lourdes para participar do 150º aniversário das aparições marianas.
No mês de março de 2009, ele fez a sua primeira viagem à África, visitando Camarões e Angola. Dois meses depois, chegou à Terra Santa: Jordânia, Israel e os territórios palestinos, com parada no Monte Nebo, Amã, Jerusalém, Nazaré e Belém. Em setembro, ele foi à República Tcheca. Esteve na capital Praga e nas cidades de Brno e Stara Boleslav.
Já em 2010, entre 17 e 18 de abril, ele foi a Malta, na primeira viagem fora da Itália no ano. Para o ano de 2010, sua agenda prevê viagens a Portugal (maio), Chipre (junho), Reino Unido (setembro) e Espanha (novembro).

Nesses cinco anos de pontificado, Bento XVI publicou três encíclicas: "Deus caritas est" (Deus é amor), de 2006; "Spe salvi" (Salvos na esperança), de 2007, e "Caritas in veritate" (Caridade na verdade), de 2009, de caráter social.

Também nos últimos cinco anos, escreveu "Jesus de Nazaré", seu primeiro livro como papa. Bento XVI já proclamou 573 beatos e 28 santos.
Até agora, o papa Ratzinger realizou sete cerimônias de canonizações, uma delas no Brasil, em maio de 2007, quando Frei Galvão foi elevado às honras dos altares.

O Departamento Filatélico do Vaticano lançará nesta segunda-feira, 19, um selo especial, em comemoração ao quinto aniversário do Pontificado de Bento XVI. O selo trará a imagem do papa, com a inscrição: "5º aniversário da eleição de Bento XVI". Além deste, o Departamento Filatélico se prepara para o lançamento de selos que recordem a visita do Pontífice a Malta, realizada neste fim de semana, e a que ele fará a Turim, no próximo dia 2 de maio.

Para recordar a data, hoje o papa almoçou com cerca de 60 cardeais, no Vaticano.
CNBB com Rádio Vaticano

Muito mais que pedofilia



Palavra do Pastor

POR CARDEAL ODILO PEDRO SCHERER

As notícias sobre pedofilia, envolvendo membros do clero, difundiram-se de modo insistente. Tristes fatos, infelizmente, existiram no passado e existem no presente; não preciso discorrer sobre as cenas escabrosas de Arapiraca… A Igreja vive dias difíceis, em que aparece exposto o seu lado humano mais frágil e necessitado de conversão. De Jesus aprendemos: “Ai daqueles que escandalizam um desses pequeninos!” E de São Paulo ouvimos: “Não foi isso que aprendestes de Cristo”.

As palavras dirigidas pelo papa Bento XVI aos católicos da Irlanda servem também para os católicos do Brasil e de qualquer outro país, especialmente aquelas dirigidas às vítimas de abusos e aos seus abusadores. Dizer que é lamentável, deplorável, vergonhoso, é pouco! Em nenhum catecismo, livro de orientação religiosa, moral ou comportamental da Igreja isso jamais foi aprovado ou ensinado! Além do dano causado às vítimas, é imenso o dano à própria Igreja.

O mundo tem razão de esperar da Igreja notícias melhores: Dos padres, religiosos e de todos os cristãos, conforme a recomendação de Jesus a seus discípulos: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles, vendo vossas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus!” Inútil, divagar com teorias doutas sobre as influências da mentalidade moral permissiva sobre os comportamentos individuais, até em ambientes eclesiásticos; talvez conseguiríamos compreender melhor por que as coisas acontecem, mas ainda nada teríamos mudado.

Há quem logo tem a solução, sempre pronta à espera de aplicação: É só acabar com o celibato dos padres, que tudo se resolve! Ora, será que o problema tem a ver somente com celibatários? E ficaria bem jogar nos braços da mulher um homem com taras desenfreadas, que também para os casados fazem desonra? Mulher nenhuma merece isso! E ninguém creia que esse seja um problema somente de padres: A maioria absoluta dos abusos sexuais de crianças acontece debaixo do teto familiar e no círculo do parentesco. O problema é bem mais amplo!

Ouso recordar algo que pode escandalizar a alguns até mais que a própria pedofilia: É preciso valorizar novamente os mandamentos da Lei de Deus, que recomendam atitudes e comportamentos castos, de acordo com o próprio estado de vida. Não me refiro a tabus ou repressões “castradoras”, mas apenas a comportamentos dignos e respeitosos em relação à sexualidade. Tanto em relação aos outros, como a si próprio. Que outra solução teríamos? Talvez o vale tudo e o “libera geral”, aceitando e até recomendando como “normais” comportamentos aberrantes e inomináveis, como esses que agora se condenam?

As notícias tristes desses dias ajudarão a Igreja a se purificar e a ficar muito mais atenta à formação do seu clero. Esta orientação foi dada há mais tempo pelo papa Bento XVI, quando ainda era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Por isso mesmo, considero inaceitável e injusto que se pretenda agora responsabilizar pessoalmente o papa pelo que acontece. Além de ser ridículo e fora da realidade, é uma forma oportunista de jogar no descrédito toda a Igreja católica. Deve responder pelos seus atos perante Deus e a sociedade quem os praticou. Como disse São Paulo: Examine-se cada um a si mesmo. E quem estiver de pé, cuide para não cair!

A Igreja é como um grande corpo; quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também do clero! Por isso, ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à Boa Notícia: para confortar os doentes, visitar os presos nas cadeias, dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços; ela continuará ao lado dos drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos Cotolengos criaturas rejeitadas pelos “controles de qualidade” estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e Dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho. Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados.

E continuará a clamar por justiça social, a denunciar o egoísmo que se fecha às necessidades do próximo; ainda defenderá a dignidade do ser humano contra toda forma de desrespeito e agressão; e não deixará de afirmar que o aborto intencional é um ato imoral, como o assassinato, a matança nas guerras, os atentados e genocídios. E sempre anunciará que a dignidade humana também requer comportamentos dignos e conformes à natureza, também na esfera sexual; e que a Lei de Deus não foi abolida, pois está gravada de maneira indelével na coração e na consciência de cada um.

Mas ela o fará com toda humildade, falando em primeiro lugar para si mesma, bem sabendo que é santa pelo Santo que a habita, e pecadora em cada um de seus membros; todos são chamados à conversão constante e à santidade de vida. Não falará a partir de seus próprios méritos, consciente de trazer um tesouro em vasos de barro; mas, consciente também de que, apesar do barro, o tesouro é precioso; e quer compartilhá-lo com toda a humanidade. Esta é sua fraqueza e sua grandeza!

Cardeal Odilo Pedro Scherer é Arcebispo da Arquidiocese de São Paulo/SP.

Fonte: Artigo publicado em O ESTADO DE SÃO PAULO, ed. 11. 04.2010.


ALGUMAS IMAGENS DO ILUSTRE ANIVERSARIANTE

bento_xvi.jpg
Primeira aparição como Papa


bento-viajando




5 ANOS DE PONTIFICADO

Benedictus XVI

O Papa Bento XVI celebra hoje, 19, o 5º ano de sua eleição como Pontífice. Para comemorar a data, o Departamento Filatélico do Vaticano lançará nesta segunda-feira um selo especial, com a imagem do Papa e a inscrição: "5º aniversário da eleição de Bento XVI". Além desse selo, o Departamento Filatélico se prepara para o lançamento de outros que recordem a visita do Pontífice a Malta, realizada neste fim de semana, e a que ele fará a Turim, no próximo dia 2 de maio.

O Papa Bento XVI também irá almoçar hoje com cerca de 60 cardeais, no Vaticano.

Joseph Ratzinger foi eleito como o 265.º Papa da história da Igreja Católica no dia 19 de Abril de 2005, pouco mais de 24 horas depois do início do Conclave.

Em suas primeiras palavras como novo Papa, Bento XVI disse aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano: "Queridos irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os cardeais elegeram a mim, um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Me consola saber que o Senhor sabe trabalhar e agir mesmo com instrumentos insuficientes e, acima de tudo, me confio às vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado e, confiante na sua ajuda permanente, vamos em frente. O senhor nos ajudará e Maria sua mãe estará ao nosso lado".

O cardeal bávaro Joseph Ratzinger foi eleito papa em 19 de abril de 2005, no primeiro Conclave do século XXI, o mais numeroso da história e também um dos mais breves.

Braço direito de João Paulo II, se tornou o sétimo chefe de Estado do Vaticano e escolheu para seu Pontificado o nome de Bento XVI.

Nos cinco anos de Papado, publicou três encíclicas e fez 14 viagens para fora da Itália. Visitou, entre outros lugares, Brasil, Alemanha, Terra Santa e Turquia.

O ano de 2010, o quinto de seu Pontificado, começou manchado pelos escândalos de pedofilia.

Abaixo, as datas mais marcantes dos cinco anos de Papado de Bento XVI:.

- 19.04.2005.- Eleito sumo pontífice da Igreja Católica pelo Conclave de cardeais, inicia o Pontificado como Bento XVI, o sétimo chefe de Estado do Vaticano.

- 19.08.2005.- Primeira viagem para fora da Itália. Visita a sinagoga de Colônia, na Alemanha, e condena de forma dura o nazismo.

- 23.10.2005.- Proclama os primeiros cinco santos de seu Pontificado.

- 25.01.2006.- Publica sua primeira encíclica, "Deus caritas est" (Deus é amor).

- 01.03.2006.- Renuncia ao título de Patriarca do Ocidente.

- 24.03.2006.- Celebra o primeiro consistório de seu Pontificado.

- 19.05.2006.- Exige a Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, que renuncie a "todo ministério público" de sua atividade sacerdotal por ser investigado por abusar sexualmente de seminaristas.

- 8 a 9.07.2006.- Primeira visita à Espanha.

- 30.11.2006.- Na Turquia, medita no mihrab da Mesquita Azul de Istambul. Foi o segundo papa a entrar em um templo muçulmano.

- 25.03.2007.- Afirma em Roma que "o inferno existe e é eterno para os que fecham o coração ao amor de Deus" - 13.04.2007.- Apresenta "Jesus de Nazaré", seu primeiro livro como papa.

- 09-14.05.2007.- Visita o Brasil, na sua primeira viagem à América Latina.

- 26.06.2007.- Acaba com a escolha de um papa por maioria simples. Seu sucessor será eleito apenas por maioria de dois terços em todas as votações.

- 07.07.2007.- Publica o documento com o qual facilita a realização da missa em latim.

- 30.11.2007.- Publica sua segunda encíclica, "Spe salvi" (Salvos na Esperança).

- 2008.- Modifica o Missal Romano, a prece pelos judeus.

- 15-20.04.2008.- Primeira viagem aos EUA. Visita Washington e Nova York e discursa na Assembleia das Nações Unidas.

- 2008.- Adota o cajado dourado em forma de cruz grega usado por Pio IX.

- 24.01.2009.- Levanta a excomunhão aos quatro bispos consagrados pelo arcebispo cismático Marcel Lefebvre em 1988.

- 17-23.3.2009.- Em sua primeira viagem à África, mostra oposição ao uso do preservativo para o combate à aids.

- 8 a 15.05.2009.- Primeira viagem à Terra Santa. Visita Jordânia, Israel e territórios palestinos.

- 07.07.2009.- Publica sua terceira encíclica, "Caritas in veritate" (Caridad na verdade).

- 20.10.2009.- Vaticano aprova Constituição Apostólica para acolher na Igreja Católica os anglicanos que o queiram.

- 24.12.2009.- Ao começar a missa do Galo, na Basílica de São Pedro, cai no chão ao ser desequilibrado por uma jovem suíça. Ela pulara a cerca de segurança para se aproximar do pontífice.
  

Postagem em destaque

ROTEIRO DO MÊS MAIO - 2016

ROTEIRO PARA O MÊS DE MAIO (Antes de iniciar o Terço, sugerimos uma procissão, conduzindo a imagem de Nossa Senhora, durante o traj...